31 de maio de 2010

Cuidado com o leite diabolat


Há algum tempo, o Brasil foi atingido pela crise do leite. Marcas famosas, como a Par... Ops! Bem, não vem ao caso citar as empresas que foram acusadas de pôr no mercado leite falsificado, que continham soda cáustica, água sanitária, etc. Pobres das nossas crianças e dos cidadãos da melhor idade, os que mais precisam consumir um leite puro!
Mas, você sabia que o Diabo tem empresas de leite falsificado? É claro que ele também produz e distribui leite falso (que é diferente do falsificado), para atender às pessoas ligadas a seitas e religiões falsas. Mas, para os evangélicos, ele fornece um leite aparentemente saudável, porém cheio de contaminação, como rebeldia à ortodoxia bíblica, questionamentos à inerrância da Palavra de Deus e outros ingredientes destruidores da fé.
Em 1 Pedro 2.2 está escrito: “desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo”. Mas os teólogos “emergentes” — consumidores e distribuidores de leite adulterado — se dizem seguidores da Palavra de Deus, porém afirmam que a teologia cristã deve ser flexível, e a Bíblia relida, reexaminada, a fim de que o seu conteúdo se amolde e atenda aos anseios das pessoas de hoje...
Esses teólogos liberais — que, sem dúvidas, seguem ao grande teólogo Lúcifer, também conhecido como Diabo — veem na contextualização uma ótima oportunidade para incutir na consciência dos evangélicos os seus princípios destruidores. Oh, Senhor, proteja-nos desses “ministros da justiça”, discípulos do “Anjo de luz” (2 Co 11.13-15).
Não é somente nos púlpitos que as doutrinas falsificadas têm sido propagadas. Elas também têm vindo de onde nunca deveriam advir: de alguns institutos teológicos, dos quais deveria emanar somente a verdade. Os seminários estão para a igreja assim como os mangues estão para o mar. E, se o problema está no nascedouro, como serão esses “peixes”? Não nos esqueçamos do que diz a Palavra de Deus: “Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras...” (1 Tm 6.3,4).
No texto acima chama-me a atenção a expressão “outra doutrina”, que denota outra doutrina mesmo, dessemelhante (gr. heteron), diferente da verdadeira. Quando Jesus falou do “outro Consolador”, em João 14.16, o termo diz respeito a “outro” (gr. allon) do mesmo nível, semelhante. O termo heteron também ocorre em Gálatas 1.6, onde o apóstolo Paulo, inspirado por Deus, se refere a “outro evangelho”.
O Ministério do Espírito adverte: “Leite falsificado faz mal à saúde espiritual e impede o crente de crescer, tornando-o um contextualizador”. Por isso, precisamos atentar para textos como Atos 20.30 e 2 Pedro 2.1. Igrejas, seminários, editoras, pastores, teólogos, escritores “evangélicos”, surgidos “entre nós mesmos”, introduzem sorrateiramente heresias de perdição na igreja evangélica.
Infelizmente, há um evangelho “emergente”, em nossos dias, o qual tem sido a “salvação” dos cristãos sem igreja, desiludidos, generalistas, insatisfeitos com as denominações e revoltados contra o que chamam de legalismo. Eles consomem tudo o que existe no mundo; a palavra de ordem é “tolerância”. Para eles não há restrições na utilização de métodos para evangelizar. Valem-se de apresentação de lutas de jiu-jitsu dentro dos templos, performances de street-dance, gospel-funk, shows idênticos aos do mundo, bem como desfilam em blocos e escolas de samba para supostamente anunciar o evangelho no meio da folia...
Na verdade, o que querem os “emergentes” é liberdade para pecar sem peso de consciência, haja vista terem experimentado apenas um superficial novo nascimento (se é que isso é possível). Se experimentaram uma verdadeira regeneração, foi por pouco tempo, pois o coração humano pode ser um terreno pedregoso, espinhoso, que não retém a Palavra da verdade por muito tempo (Mt 13.1-23).
Julgando-se superiores aos “legalistas”, esses “emergentes” — que são sim uma espécie de desviados (cf. 2 Pe 2.21) — vivem à margem do cristianismo organizado. Eles querem ter liberdade para fazer a sua própria teologia, livres de todo tipo de “legalismo” e “ortodoxia inflexível”. O problema é que eles estão imergindo, sofrendo naufrágio na fé, posto que embarcaram numa canoa furada. Que Deus nos ajude a nos mantermos no grande navio da salvação, seguindo ao verdadeiro evangelho (1 Co 15.1,2; Gl 1.8). E que esses, na verdade, “imergentes” venham à tona antes que seja tarde demais...
Não descarto a necessidade de uma contextualização saudável. Afinal, até Jesus se contextualizou! Ele se valeu de elementos do dia-a-dia para ilustrar suas pregações, falando diversas vezes por parábolas. O que é contextualizar de maneira sadia? É modificar levemente a forma de apresentação da mensagem cristã, sem alterar o seu conteúdo (1 Co 9.22; 1 Pe 1.23,24). Mas os “emergentes” abraçaram a secularização. Não nos esqueçamos de que o verdadeiro evangelho não é nada simpático ao mundo. Ele choca, contraria, gera perseguição (Mt 5.10-12); a palavra da cruz é loucura para os que perecem (1 Co 1.18).
Que consumamos apenas o puro leite racional, sem mistura, a fim de crescermos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus, bem como sermos astros neste mundo tenebroso (Mt 5.13-16; Fp 2.15)!

*fonte: Blog do Ciro

28 de maio de 2010

Família – um projeto de Deus

A família e as "muitas águas"
"Águas", biblicamente, podem significar lutas, dificuldades, problemas, porém, Salomão afirmou que –
"As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo..." Cantares 8:7.
Falando sobre "as águas", disse Davi –
"Livra-me, ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma. Atolei-me em profundo lamaçal, onde se não pode estar em pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me leva. Estou cansado de clamar; secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem esperando o meu Deus" (Salmos 69:1-3 ).
"As muitas águas" alcançaram o primeiro casal
Ninguém como Adão e Eva poderia fazer suas as palavras ditas por Davi –
"As águas entraram até a minha alma...entrei na profundeza das águas".
Porém, é certo que havia entre Adão e Eva um grande e profundo amor. Foi uma união realizada sob a bênção de Deus, conforme está escrito - "E Deus os abençoou..."- (Gênesis 1:28).
Num casamento realizado sob a bênção de Deus não significa que não haverá problemas, lutas, dificuldades.
Mas, o amor existente entre os cônjuges certamente lhes dará forças para resistir "as muitas águas.
Adão e Eva foram expulsos do paraíso, porém, o casamento foi salvo, porque - "As muitas águas não poderiam apagar esse amor...".
As muitas águas inundaram o lar da primeira família
A família de Adão viveu o primeiro grande conflito familiar. Adão e Eva tiveram a desgraça de ter um filho assassinato por outro filho; os irmãos tiveram a infelicidade de abrir, na terra, a primeira sepultura, exatamente para outro irmão.
Adão e Eva perderam, ao mesmo tempo, dois filhos - um foi morto, o outro teve que ir-se fugitivo pela terra - "...e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou"- Gênesis 4:8. E Caim se foi "...fugitivo e vagabundo na terra".
Perder dois filhos num só ato significa, na expressão usada por Davi, ser surpreendido "no dia da minha calamidade". Toda família de Adão e Eva entrou, naquele dia, "nas profundezas das águas".
Porém, aquele primeiro lar, embora tenha sido inundado -
"pelas muitas águas", e eu diria, por águas muito escuras, sobreviveu, visto que Adão ainda viveu por cerca de oitocentos anos - Gênesis 5:3-5.
Adão e Eva certamente podiam fazer suas as palavras de Salomão –
"As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo...".
Um casamento realizado com a bênção de Deus, e tendo o amor como sua base sólida poderá ter problemas; os cônjuges poderão ter que enfrentar lutas e dificuldades; toda família poderá ser atingida - mas –
"...o amor é forte como a morte..."-( Cantares 8:6).
O casamento sobreviverá; os cônjuges permanecerão unidos; a família será fortalecida.
"As muitas águas" e os grandes homens de Deus
"As muitas águas", ou seja, as lutas, as dificuldades, os problemas, inundaram os lares de grandes homens de Deus - dos Patriarcas Jó, Abraão, Isaque, Jacó; de Reis, como Davi e Salomão; de Profetas, como Ezequiel e Oséias; podem inundar o meu , e o seu!
Porém, se pudermos declarar que –
"...o seu estandarte em mim era o seu amor"- Cantares 2:4, então - "As muitas águas não poderiam apagar esse amor...".
Não há promessa de que uma família fiel não enfrentará problemas e dificuldades - que não passará pelas "muitas águas". Mas, há uma promessa de que quando passar o Senhor estará com ela –
"Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão..."-( Isaías 43:2).
Deus pode usar as muitas águas para fortalecer o amor entre os cônjuges e promover a união da família
"...Passamos pelo fogo e pela água..." ( Salmo 66:12).
Provação é um dos instrumentos usados por Deus... e somente por Deus! Satanás só pode usá-lo com a permissão de Deus, e nos limites que ele fixar. Foi o que Ele fez no caso de Jó.
"O Senhor prova o justo..."-( Salmo 11:5).
Provação é diferente de correção. Enquanto que na correção o objetivo é corrigir aquilo que está errado, na provação o objetivo é aperfeiçoar aquilo que está certo.
Deus usa a provação para nos preparar para um serviço, ou uma missão maior do que aquela que estamos realizando. Deus usa a provação para nos levar para mais perto dele, ou seja, para nos tornar mais santos.
Deus usa a provação para nos ensinar a dependermos mais dele. Deus usa a provação para aumentar a nossa fé, ou seja, para aperfeiçoar uma coisa boa que já temos.
Assim, no casamento, Deus pode usar a provação para aumentar o amor existente entre os cônjuges.
Deus usa a provação para fortalecer a união entre os membros de uma família cristã.
Na provação, Deus trabalha em cima de alguma coisa boa que temos ... para aumentá-la, e aperfeiçoá-la.
Se você meu irmão, minha irmã, ou se toda sua família, estiver passando por uma grande provação, talvez essa provação tenha como objetivo o fortalecimento do amor na vida do casal, e no fortalecimento da união entre os membros de sua família!
Deixe o Senhor conduzir este processo até o fim!
Ele não quer que sua família pereça e nem que o seu casamento sofra prejuízo!
Água e Fogo - são dois instrumentos que Deus usa como meios de purificação a fim de nos levar para mais perto dele.
Diz o escritor aos Hebreus –
"E quase todas as coisas, segundo a Lei se purifica com sangue ..."- (Hebreus 9:22).
O sangue é o único meio usado por Deus para a purificação do pecado. Se o problema do homem é o pecado - então a única solução é o sangue do Cordeiro de Deus –
"...o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado"-( I João 1:7).
Com Água e com Fogo não se resolve o problema do pecado; ou seja, lutas, dificuldades, sofrimentos não removem o pecado.
Quando a Bíblia diz que "...quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue...", é porque, segundo a lei eram três os elementos de purificação - o sangue, o fogo e a água.
Sempre que o problema se chamasse pecado, só o sangue poderia resolvê-lo.
O fogo, como símbolo de sofrimento, de provações; a água, como símbolo de lutas, de dificuldades de toda ordem, não eram e não são indicados para resolver o problema do pecado.
Mas, o fogo e a água, como instrumentos de purificação, são usados por Deus como meios de provação, visando o aperfeiçoamento do cristão.
Para fazer de Israel, o seu povo, Deus fê-lo passar pelo fogo e pela água - Salmo 66:12.
Foi na fornalha de fogo ardente que Deus aperfeiçoou e fortaleceu a fé dos três jovens hebreus - Daniel 3.
Para fazer de Davi um homem segundo o seu coração e torná-lo no maior Rei de Israel, Deus o fez passar pelas "muitas águas".
Para fazer de um casal e de uma família, uma bênção para igreja e para o mundo, Deus pode usar o fogo e as muitas águas. Pense nisso!
Pela lei eram três os meios de purificação. O sangue era o meio principal –
"quase todas as coisas se purificam com sangue".
Todavia, quando o problema não era o pecado, então, usava-se também o fogo e a água.
A purificação pelo fogo
"Toda coisa que pode suportar o fogo, fareis passar pelo fogo, para que fique limpa..."-( Números 31:33).
O fogo, como símbolo de tribulação, de sofrimento, continua sendo usado no processo de aperfeiçoamento do homem de Deus.
A purificação pela água
"...mas tudo que não pode suportar o fogo, o fareis passar pela água. Também lavareis os vossos vestidos ao sétimo dia, para que fiqueis limpos, e depois entrareis no arraial"- (Números 31:23-24).
Águas, como símbolo de lutas, de dificuldades, continuam sendo usadas por Deus como meio de provação, a fim de nos levar para mais perto dele e de melhorar as coisas boas que nós temos - entre elas, o amor!
Assim, os problemas existentes entre um casal, ou no seio de uma família, se tiverem como causa o pecado de um de seus membros, serão resolvidos mediante o arrependimento e o perdão do culpado, através do Sangue de Jesus.
Todavia, nem sempre as lutas e dificuldades, ou "as muitas águas", têm o pecado como causa - mas, trata-se de uma provação.
Um dos objetivos da provação, conforme afirmamos, é melhorar, ou desenvolver algo bom que nós temos. Desta forma Deus pode trabalhar na vida dos cônjuges, ou de toda a família, para melhorar e fortalecer o relacionamento do casal e dos familiares, entre si. Para que isto seja possível é necessário aumentar o amor na família.
Talvez, meu irmão, talvez minha irmã, isto possa explicar a razão das lutas e dificuldades pelas quais vocês estão passando, agora!
O amor na família – o segredo para suportar, e vencer as grandes dificuldades
"...Ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezaria"-( Cantares 8:7).
Não há dinheiro, não há preço que possa pagar o amor de uma família. A Bíblia, na Linguagem de Hoje, diz –
"Se alguém quisesse comprar o amor e por ele oferecesse as suas riquezas, receberia somente o desprezo".
Numa família, entre um casal, o amor é muito mais valioso do que qualquer riqueza. O dinheiro não consegue sustentar a união e fazer a felicidade de um casal.
Neste sentido temos o caso de um famoso casal de príncipes, na Inglaterra, donos de uma incalculável fortuna, e que não conseguiram manter o seu casamento. Terminando em tragédia!
Neste sentido temos o exemplo de uma famosa e poderosíssima família americana cuja vida foi sempre pontilhada por fracassos e tragédias, inclusive com o assassinato de um de seus filhos, então Presidente dos Estados Unidos.
Dinheiro, beleza física, fama...nada é tão forte como o amor na família
É somente com amor, com muito amor, é que um casal, ou uma família, pode superar todas as dificuldades, principalmente as de ordem financeira.
As dificuldades financeiras têm sido causa da separação de muitos casais e da ruína de muitas famílias. Sem amor, sem muito amor, um casal, ou uma família, não consegue superar uma grande dificuldade de ordem financeira.
Ela pode ter diversas causas - desemprego, um acidente, uma doença, um assalto - coisa que quase todas as pessoas estão sujeitas.
Uma dificuldade financeira pode afetar o relacionamento de um casal, pode arruinar uma família, pode desintegrar um lar se não houver amor, muito amor!
Isto porque as soluções, as vezes, são muito dolorosas. Pode significar a necessidade de baixar o "status", trocando a mansão por uma casa simples, ou a casa simples, por um barraco; pode significar a troca do carro importado, pelo nacional, ou do nacional pelo transporte coletivo; pode significar a transferência dos filhos do Colégio particular, para a Escola Pública; pode significar a troca de um confortável atendimento médico e hospitalar através de um excelente plano de saúde, pelas madrugadas frias nas filas do falido Sistema de Saúde Pública, Governamental.
Em situações como estas, e até piores, é necessário amor, muito amor, entre os cônjuges e entre todos os membros da família - para que a união conjugal seja preservada e a família não seja abalada, pois, segundo afirmou Salomão –
"...porque o amor é forte como a morte..."-Cantares 8:6 e "As muitas águas não poderiam apagar este amor...".
Amor e humildade sempre andam de mãos dadas!

24 de maio de 2010

Abertura do Quarto Selo – Um Cavalo Amarelo

A abertura do Quarto Selo – Um Cavalo Amarelo
" E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra" (Apocalipse 6:7-8).
Um Cavalo Amarelo!
No original grego, o significado literal é verde-amarelo, pálido, ou seja, cor de cadáver! Somente este cavaleiro tem nome, e chama-se "morte". E o inferno, ou o "Hades" o seguia.
Uma quarta parte da população da terra será morta nesse juízo. Os instrumentos da matança – espada, fome, peste, feras da terra.
Isto nos faz lembrar de –
" Porque assim diz o Senhor: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos, a espada, e a fome, e as nocivas alimárias, e a peste, contra Jerusalém para arrancar dela homens e animais?" (Ezequiel 14:21).
Israel já sofreu parte desses juízos no Antigo Testamento. Lá foram citados como profecia de dupla referência, válidos para a época lá atrás e também para o que lemos em Apocalipse.
Você pode imaginar quase um bilhão e setecentos milhões de cadáveres, na quase totalidade insepultos e espalhados por toda terra? Deste quadro por certo emergirão as pestes!

19 de maio de 2010

Os 04 cavaleiros do apocalipse

A abertura do Primeiro Selo - Um Cavalo Branco

"E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê!" (Apocalipse 6:1)
O Cavalo Branco e seu cavaleiro
Sobre o cavalo branco e seu cavaleiro existem, é claro, diversas correntes de pensamento. Uma delas afirma ser uma representação da vitória do evangelho operando para a conversão de grandes multidões ao Senhor.
Outros, ao contrário, identificam o cavaleiro com o próprio Cristo, embora seja Cristo quem abre o selo do versículo 1, do qual sai o cavalo e o cavaleiro.
Nós preferimos ver neste cavaleiro a figura do Anticristo, enquanto que o cavaleiro que aparece em Apocalipse 19:11-21, esse, sim, é o próprio Jesus.
O cavaleiro do Apocalipse 6:2 tinha um arco; e foi-lhe dado uma coroa. Esta coroa aqui, no grego é "stephanos". Quando um atleta ganhava uma coroa em jogos essa coroa era "stephanos". Era a coroa de competidor, de atleta.
Porém, a coroa de Jesus descrita em Apocalipse 19, é "diadema", traduzida como diadema ou coroa. No grego significa "coroa de rei".
Ao Anticristo será dado uma coroa, porque ele não tinha uma por nunca ter sido rei. Jesus, ao contrário, é Rei Eterno e sempre teve a sua própria coroa.
O cavaleiro do capítulo 19 vem para encerrar a Tribulação, para acabar com o governo do Anticristo, julgar as nações e implantar seu reino, enquanto o do capítulo 6 inicia a Tribulação e traz consigo fome, peste, guerra e morte.
É preciso ter em mente que o Anticristo será um imitador de Jesus. O objetivo de Satanás é levar as pessoas a confundí-lo com Jesus. Para isto nada melhor do que o uso do cavalo branco, símbolo de força e de paz.
Assim, ele vem num cavalo branco, para disfarçar, para imitar, ele vem trazendo "paz". Ao que tudo indica, a situação mundial, a agitação entre as nações, tende a piorar cada vez mais. Se isto não fosse verdade, não haveria necessidade de alguém que trouxesse paz. Quando o Anticristo se manifestar, o mundo estará à beira do caos social. Ele trará a paz, a solução para os problemas das nações.
Porém, é preciso notar que ele tem um "arco" em sua mão. Arco era, um instrumento, ou uma arma de guerra. Isto nos faz pensar que a "sua paz" será imposta pelo poder das armas, sendo, portanto, uma falsa paz.
O Anticristo virá num cavalo branco porque o primeiro período de seu governo será marcado pela paz -
"...e o príncipe do povo, que há de vir...firmará um concerto com muitos por uma semana..."(Daniel 9:26-27).
Toda tentativa de paz no oriente médio acaba em rompimento, porém, o Anticristo "firmará um concerto", ou seja, fará "um pacto forte". Todos pensarão que, por fim, o mundo viverá em paz.
Porém, na metade da semana que, como sabemos, é uma semana de anos, ou seja, sete anos, aquela firme aliança será quebrada, e então a terra conhecerá a Grande Tribulação -
"...e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa da abominação virá a assolação, e isso até a consumação ..." (Daniel 9:27).

A abertura do Segundo Selo - Um Cavalo Vermelho

" E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem e vê! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada" (Apocalipse 6:3-4)
Um Cavalo Vermelho!
A cor vermelha é um símbolo de sangue, e sangue nos lembra guerras. Será, pois, o fim da falsa paz que o Anticristo trará conforme afirmou Paulo-
" Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão" (I Tessalonicenses 5:3).
Segundo pensamos, com a saída do cavaleiro do cavalo vermelho, começará o período da Grande Tribulação - "e foi-lhe dada uma grande espada" e "foi dado que tirasse a paz da terra". Sobre a Grande Tribulação o Senhor Jesus afirmou -
" Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais" (Mateus 24:21).
A espada será realmente grande! Esta espada nos dá a proporção de quão terrível serão as guerras nesse período.
Segundo os registros históricos, até 1914 o mundo havia conhecido 901 guerras principais, nenhuma de extensão mundial.
Em 1914, quando da primeira guerra mundial, esta deixou 20 milhões entre mortos e feridos, números superiores aos das 901 guerras anteriores.
Quando da segunda guerra mundial, entre 1939 e 1945, o número de mortos e feridos foi quatro vezes maior que o da primeira. Todos estes números, por certo serão muito tímidos diante do rastro de sangue que este cavalo vermelho deixará atrás de si.


A abertura do Terceiro Selo - Um Cavalo Preto


" E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho" (Apocalipse 6:5-6).
Fome, carestia, miséria, racionamento de víveres! Tudo isto é consequência da devastação provocada pelo cavaleiro do cavalo vermelho, ou seja, consequências da guerra sem proporções.

7 de maio de 2010

O que diz a Bíblia a respeito do jogo? Jogar é pecado?

Pergunta: "O que diz a Bíblia a respeito do jogo? Jogar é pecado?"

Resposta: Jogar pode ser definido como “arriscar dinheiro na tentativa de multiplicá-lo em algo que é contra as probabilidades”. A Bíblia não condena o jogo especificamente, ou apostar, ou a loteria. A Bíblia, entretanto, nos alerta para que fiquemos longe do amor ao dinheiro (I Timóteo 6:10; Hebreus 13:5). As Escrituras também nos encorajam a que fiquemos longe das tentativas de “enriquecimento fácil” (Provérbios 13:11; 23:5; Eclesiastes 5:10). Certamente o jogo gira em torno do amor ao dinheiro e inegavelmente tenta as pessoas com a promessa de riqueza fácil e rápida.

Qual o problema em jogar? O jogo é um assunto difícil, pois mesmo jogando com moderação e somente de vez em quando, é um desperdício de dinheiro, mas não necessariamente algo ligado ao “mal”. As pessoas desperdiçam dinheiro em todo o tipo de atividades. Jogar é desperdiçar dinheiro tanto quanto ver um filme (em muitos casos), gastar em uma refeição desnecessariamente cara ou comprar algo de que não precisamos. Ao mesmo tempo, o fato de se desperdiçar dinheiro em outras coisas não justifica que joguemos. Não deveríamos desperdiçar dinheiro. Devemos poupar o dinheiro que sobrar para necessidades futuras, ou ofertá-lo para a obra do Senhor, e não gastá-lo em jogo.

O jogo na Bíblia: Apesar da Bíblia não mencionar o jogo (apostas) de maneira explícita, a Bíblia menciona jogos de “azar”. Como exemplo, em Levítico, Arão lançou sortes sobre dois bodes: uma pelo Senhor e outra por Azazel. Josué lançou sorte para determinar a porção de terra para várias tribos. Neemias lançou sorte para determinar quem viveria ou não dentro das muralhas de Jerusalém. Os apóstolos lançaram sorte para determinar o substituto de Judas. Provérbios 16:33 diz: “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a determinação.” Em nenhum lugar da Bíblia, jogar ou o “jogo de azar” é usado para diversão ou apresentado como prática aceitável para os seguidores de Deus.

Cassinos e loterias: Os cassinos usam todo o tipo de estratégia de marketing para atrair o jogador, para que arrisque todo o dinheiro que puder. Freqüentemente oferecem bebidas a preços baixos ou mesmo de graça, levando os freqüentadores à embriaguez, para que diminuam sua capacidade de tomar decisões sensatas. Tudo em um cassino é perfeitamente engendrado para tomar o dinheiro em grandes quantidades sem nada oferecer em troca, exceto prazer vazio e fugaz. As loterias tentam passar a imagem de que ajudam a sustentar a educação e programas sociais. Entretanto, estudos mostram que os que jogam na loteria geralmente são aqueles que menos têm dinheiro para gastar nos bilhetes. O apelo do “enriquecimento rápido” é uma tentação forte demais, e aqueles que estão desesperados acabam não resistindo. As chances de levar o prêmio são infinitesimais, o que resulta em ruína para muitas vidas.

Por que o dinheiro ganho na loteria não agrada a Deus? Muitos afirmam estar jogando na loteria ou fazendo apostas para que possam ofertar o dinheiro à igreja, ou outra boa causa qualquer. Talvez seja um bom motivo, mas na verdade, poucos usam o dinheiro vindo do jogo para propósitos divinos. Estudos mostram que, alguns anos depois de tirar a “sorte grande”, a vasta maioria dos ganhadores da loteria acaba em uma situação financeira ainda pior do que antes. Poucos são os que na verdade dão o dinheiro para uma boa causa, se é que alguém realmente o faz. Além disso, Deus não precisa de nosso dinheiro para subsidiar Sua missão na terra. Provérbios 13:11 diz: “A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará.” Deus é soberano e proverá pelas necessidades da igreja por caminhos honestos. Deus seria honrado se recebesse doações de dinheiro proveniente de drogas, ou dinheiro de assaltos? Deus não precisa e nem quer dinheiro “roubado” dos pobres devido à tentação pelas riquezas.

I Timóteo 6:10 nos diz: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” Hebreus 13:5 declara: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele (Deus) disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” Mateus 6:24 proclama: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.”

5 de maio de 2010

O porquê da salvação

O homem tal como fora criado, não necessitava de salvação e nem podia entender o seu significado, ou o de salvador. Porém, conforme sabemos, o homem pecou ao desobedecer à Palavra de Deus. Agora, sim, ele ia entender o significado e o porque da salvação.
Portanto, a razão da necessidade da salvação e de um salvador, foi o pecado. Aqui, nesta oportunidade, vamos falar sobre o mesmo, mas de forma superficial. Isto porque a Doutrina do Pecado, conhecida como "Hamartiologia", será tratada, com profundidade, em livro próprio, intitulado "Anjos, Homens e Pecado".
A UNIVERSALIDADE DO PECADO
O termo "pecado" origina-se da expressão grega "hamartia". No hebraico é "Hattah"; no latim é "pecatum". Ele, na verdade, existe em todas as línguas, pois, uma de suas características é a "universalidade". A Bíblia diz que "... todos pecaram..." - (Romanos 3:23).
A razão da universalidade do pecado está no fato de que não há lugar na terra onde o homem possa estar livre do pecado e de suas consequências, porque o pecado está dentro do homem, sendo a causa primeira de todos os seus sofrimentos. Por esta razão o profeta Jeremias, diz –
"De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados" - (Lamentações 3:39).
Salomão tinha consciência da universalidade do pecado e em sua oração, na dedicação do templo, afirmou –
"Quando pecarem contra ti, pois não há homem que não peque..." - (I Reis 8:46).
Também Davi entendeu esta verdade, quando afirmou –
"Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um" - (Salmos 53:3).
Paulo confirmou a doutrina da universalidade do pecado –
"Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado, como está escrito: Não há um justo, nem um sequer" - (Romanos 3:9-10).
Também João foi enfático, afirmando –
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" - (1 João 1:9-10).
No seu caráter universal o pecado e a morte nivelam todos os homens –
"Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" - (Romanos 5:12).
"Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos" - (Romanos 5:19).
O sangue de Jesus, um antídoto universal contra o pecado
Se é verdade que uma das características do pecado é o seu caráter universal, também é verdade que o Senhor Jesus morreu por todos os homens e seu sacrifício expiatório teve um alcance, também, universal –
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - (João 3:16).
A expressão "Todo aquele que nele crê" não exclui nenhuma criatura humana, porque "Deus não faz acepção de pessoas" - (Atos 10:34).
O profeta Isaías falando profeticamente sobre Jesus, afirmou que –
"... o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos" - (Isaías 53:6).
Não existe pecado, de qualquer natureza, que possa resistir à ação do sangue de Jesus, conforme afirmou o apóstolo João –
"Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado" - (I João 1:7).
Grave esta expressão final –
"O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado".
João Batista, o homem escolhido por Deus para apresentar seu Filho ao mundo, apresentou-o como aquele que veio para tirar o pecado do mundo –
"No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" - (João 1:29).
Pela Bíblia sabemos que, Satanás foi o autor do pecado, pois o pecado originou-se em seu coração –
"E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte" - (Isaías 14:13).
Perceba a expressão – "E tu dizias no teu coração". Portanto, o pecado originou-se no coração de Satanás - "Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti" - (Ezequiel 28:14-15).
Não foi, pois, sem razão que Deus providenciou um antídoto tão poderoso e eficaz que,
"... onde o pecado abundou, superabundou a graça" - (Romanos 5:20).
Verdadeiramente o Senhor Deus não mediu esforços para neutralizar de forma total e absoluta esta ação maligna de Satanás, chamada pecado. Paulo tinha consciência deste desejo de Deus, quando afirmou –
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós..." - (Romanos 6:14).
O crente em relação ao pecado
"Depois, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior" - (João 5:14).
"E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais" - (João 8:11).
"Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão" - (Mateus 18:15).
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" - (I João 2:1).
Acreditamos que estas, bem como outras passagens bíblicas, falam que uma pessoa depois de perdoada, pode novamente, pecar. O Senhor Jesus sempre dizia –
"Vai, e não peques mais". Então, é porque havia a possibilidade de pecar. Em Mateus 18:15,
Ele falou do pecado de um irmão contra outro irmão. João, por sua vez, advertiu os irmãos para que não pecassem, porém afirmou – "Se alguém pecar..." Um crente salvo pode pecar. Mas, preenchida as condições bíblicas para se obter o perdão, pode ser perdoado.
Isto para nós é ponto pacífico, embora nem todos pensem desta maneira. Este, conforme sabemos, uma corrente de pensamento.
Davi pecou e foi perdoado – II Samuel, 11 e 12
Ele reconheceu seu pecado – "Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor" - (II Samuel 12:13).
Ele se humilhou, clamou por misericórdia... Chorou! –
"Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares" e " Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário" - (Salmos 51:1-4 e 9-12).
Davi foi perdoado, restaurado. Continuou sendo uma bênção nas mãos de Deus.
O filho pródigo pecou e foi perdoado! – Lucas 15:11-32
Esta passagem bíblica não nos parece uma parábola. Trata-se de uma história que, ao que tudo indica, foi verídica. É certo que neste capítulo o Senhor Jesus não estava discorrendo sobre a possibilidade de um crente pecar e ser perdoado.
Na verdade ele estava falando sobre coisas perdidas. Uma ovelha que se perdeu no campo, porque, de forma inconsciente, afastou-se do rebanho e, por negligência do pastor, perdeu-se!
Uma moeda que se perdeu dentro da própria casa, porque a casa estava escura e suja.
Um filho que, ao contrário da ovelha que agiu de forma inconsciente, ele, de forma consciente, quis deixar sua casa e deixou!
Contudo, sua história preenche todas as condições para representar um crente que deixa a igreja, perdendo-se no mundo, mas que depois reconhece seu estado de miséria espiritual e resolve voltar.
No caso de Davi tudo indica que seu regresso não demorou. Porém, o filho pródigo, ao deixar a casa do pai – "Partiu para uma terra longínqua". A expressão "uma terra longínqua" pode dar a idéia de que ele demorou a voltar.
Ele voltou, porém, não sem antes preencher as condições: reconheceu seu estado de miserabilidade, tomou uma decisão de levantar-se e ir, levantou-se... e foi. Chegou diante do pai, reconhecendo-se culpado, confessou sua culpa e pediu perdão – "E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho" - (Lucas 15:21).
Não foi apenas perdoado, mas também, restaurado a sua condição de filho -
" Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se" - (Lucas 15:22-24).
Outros exemplos, é claro, poderiam ser citados para confirmar o pensamento de que um crente está sujeito à pecar, mas, pecando, quando preencher as condições bíblicas para receber o perdão, pode ser perdoado... e restaurado.
O crente e o pecado
Sabemos que o crente ao aceitar o Senhor Jesus como seu Salvador adquire imunidade em relação ao poder e a culpa do pecado. Porém, continua sujeito as suas consequências.
O crente em relação ao poder do pecado
Como filho de Deus o crente está isento de ter que sofrer a ação do poder do pecado. É sabido que o senhor tem poder sobre seus servos, ou escravos. O Senhor Jesus afirmou que –
"... todo aquele que comete pecado é servo do pecado" - (João 8:34).
Sendo o pecado um instrumento de Satanás, então o servo do pecado é, também, servo de Satanás. Satanás, como se sabe, é mau por natureza.
Conforme afirmou Jesus a respeito dele, sua missão é "matar", "roubar" e "destruir" – João 10:10.
Basta, pois, dar uma olhada pelas ruas de uma cidade grande para se observar o que ele faz com os "servos do pecado". Castiga, oprime, sem qualquer misericórdia. O poder do pecado corrompe, destrói, mata!
O crente, o filho de Deus está livre do poder do pecado
Conforme vimos, um crente pode pecar, mas não pode ser obrigado a pecar. O "filho pródigo" só saiu da casa de seu pai porque quis sair. Ninguém, e nada poderia obrigá-lo a deixar aquela casa. Somente o dono da casa poderia fazê-lo, porém, Jesus, como dono da igreja, disse que –
"... o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" - (João 6:37).
Assim é que, a Palavra de Deus diz –
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" - (Romanos 6:14).
Também, neste sentido, disse o Senhor Jesus –
"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres" - (João 8:36).
Nesta expressão – "sereis livres" inclui-se, também, a liberdade para não mais pecar.
Foi esta verdade que os judaizantes, no tempo de Paulo, não entenderam e, não apenas perseguiam, como também difamavam o apóstolo.
Eles não conseguiam entender quando Paulo ensinava que os cristãos não estavam mais debaixo da lei, mas livres dela e que deveriam viver "na liberdade com que Cristo vos libertou", sendo guiados pelo Espírito –
"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão" - (Gálatas 5:1) e "Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei" - (Gálatas 5:18).
Eles entendiam que essa liberdade sem a lei levaria a nação de Israel ao cáos, à completa ruína, especialmente no campo da moral. Muitos daqueles mestres do judaísmo ao perseguirem Paulo julgavam estar prestando um bom serviço ao Senhor, seu Deus. Para eles Paulo era um herege.
Na verdade o que Paulo ensinava era o viver "na liberdade com que Cristo libertou", mas, liberdade que conferia ao cristão a força para não pecar, vivendo uma vida de santificação. Ele dizia –
"Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos" - (II Coríntios 8:9).
Liberdade para não pecar era a síntese do ensino de Paulo –
"Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade" - (Gálatas 5:13).
Esta liberdade para escolher o servir a Deus e rejeitar o mundo só pode ser obtida na pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Ele quem disse que
"Todo aquele que comete pecado é servo do pecado", mas, "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres" – (João 8:4, 36).
Assim, não adianta o ímpio dizer que vai mudar de vida, que vai abandonar este ou aquele vício, que não vai mais pecar, e promessas semelhantes. De acordo com a Bíblia ele é servo do pecado. Servo tem que obedecer a seu senhor, e a ordem é ter que continuar pecando.
Com o crente, o filho de Deus, que conheceu a verdade e por ela foi liberto – João 8:32, é diferente: ele é livre para não mais pecar. Satanás pode tentar, e ele tenta. Este é o seu papel e sua função. Ele é o tentador. Tentou o próprio Jesus!
Mas, o que ele não pode é obrigar um crente salvo a pecar, pois o crente está livre do poder do pecado. Foi o que ensinou Paulo –
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" - (Romanos 6:14).
Portanto, em Cristo, o crente está livre do poder do pecado.
O crente salvo, o filho de Deus, está livre da culpa do pecado
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" - (II Coríntios 5:17).
"Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito" - (Romanos 8:1).
Ninguém poderá viver em paz, se estiver carregando um sentimento de culpa. O Senhor Jesus prometeu "alívio" aos que viessem a Ele –
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma" - (Mateus 11:28-29).
"Alívio" e "descanso" para a alma só podem ser alcançados com a remoção de todo sentimento de culpa. O Senhor Jesus faz isto com o pecador que vai a Ele. Foi isto o que afirmou o profeta Isaías –
"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos" - (Isaías 53:5-6).
Uma das táticas usadas por Satanás é a de procurar fazer com que o crente se lembre de seus pecados praticados antes de ter aceitado Jesus como seu Salvador, sentindo-se culpado por tê-los praticado. O pecado, uma vez perdoado, é como se nunca tivesse sido praticado. A Palavra de Deus nos diz que eles são lançados nas "profundezas do mar" e que Deus não se lembrará deles –
"Tornará a apiedar-se de nós, subjugará as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar" - (Miquéias 7:19 ).
"E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades" - (Hebreus 10:17).
O "homem novo" não herda as mazelas do "velho homem", que morreu –
"... as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo". Não esqueça disto!
Conta-se que no auge da reforma, Satanás, em visão, apareceu a Martinho Lutero e apresentou-lhe uma extensa lista de pecados que teriam sido praticados por ele.
Lutero olhou a lista, disse que reconhecia todos como tendo sido praticados por ele, porém disse a Satanás:
escreva embaixo que "...o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado" - ( I João 1:7).
Satanás, imediatamente, desapareceu!
Lembre-se, irmão, todos os seus pecados cometidos no tempo de sua incredulidade, o Senhor Jesus levou-os sobre si, na cruz do Calvário. Naquele exato momento em que você o aceitou como seu Salvador, você foi declarado justo, ou justificado, diante de Deus. Todos aqueles pecados "caíram sobre Ele" e é como se você nunca os tivesse cometido –
"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo" - (Romanos 5:1).
Lembre-se que afirmamos que ninguém poderá viver em paz, se estiver carregando um sentimento de culpa. Mas, o Senhor Jesus afirmou –
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou..." - (João 14:27).
Você pode desfrutar de "sua paz", porque –
"... agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito" - (Romanos 8:1).
O Senhor Jesus nos livra da culpa do pecado. Lembre-se disto!
Portanto, em Cristo, o crente está livre da culpa do pecado
Porém, o crente salvo, o filho de Deus, não está livre das consequências do pecado
"Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" - (Romanos 8:20-23).
Embora sendo crentes, embora sendo filhos de Deus, embora sendo salvos, contudo, não estamos livres das consequências do pecado. O poder devastador do pecado é muito maior do que podemos supor, ou imaginar.
"Toda criação geme" porque a terra foi amaldiçoada em consequência do pecado, conforme sentença proferida pelo próprio Deus – "... maldita é a terra por causa de ti..." - (Gênesis 3:17).
Assim, quando a terra é castigada com secas prolongadas, ou com muita chuva, com excesso de calor, ou de frio, toda a humanidade sofre, crentes ou ímpios.
Embora crentes e salvos, não estamos livres da dor, das doenças, dos sofrimentos, da morte. Isto em consequência do pecado de Adão –
"Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" - (Romanos 5:12).
Porém, estamos, também, sujeitos às consequências dos nossos próprios pecados, embora perdoados.
Pense!
Quantos pais crentes, pai ou mãe, estão e vão continuar sofrendo com filhos problemáticos, desajustados, trilhando o caminho do mal, escravizados pelos vícios, vítimas do crime. Estes desajustes dos filhos podem ter sido provocados pelo pecado de um deles, ou de ambos, ocasionados por uma separação. Os filhos não conseguiram entender, ou suportar a desestruturação da família.
O pecado de um, ou de ambos, provocou esse desastre! Depois pode haver o arrependimento, a reconciliação, o perdão.
Mas, os filhos, a união familiar poderá estar comprometida para sempre! Isto é consequência do pecado, mas dos nossos próprios pecados. Embora livres do poder e da culpa do pecado, estamos sujeitos às suas consequências.
Pense!
Um homem de Deus, até mesmo um obreiro! Uma bênção! Porém, num momento de fraqueza, escorrega, cai! Deixa a esposa e segue atrás de outra mulher. Tem um filho com ela. Passado algum tempo, arrependido, deixa a companheira com quem teve o filho.
Volta para a igreja, é perdoado, inclusive pela esposa, e volta a viver com sua família. Não podemos descrer do poder do perdão de Deus ou dos homens. Cremos na restauração do homem, principalmente baseado no ensino de Jesus através da Parábola do Filho Pródigo e da restauração ministerial do Rei Davi.
Cremos que aquele homem, através do perdão estará livre do poder e da culpa do pecado. Porém, talvez por toda sua vida, terá que arcar com uma "pensão alimentícia" em favor do ou dos filhos que deixou lá fora, inclusive com a mãe dos mesmos. Se não pagar será preso! Isto se chama consequência do pecado. O perdão não nos livra dela!
É claro que muitos exemplos semelhantes podem ser lembrados! Não nos esqueçamos, ainda, que Davi foi perdoado e restaurado, porém como consequência do seu pecado, pagou por toda vida, um preço bastante alto.
"Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher. Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol" - (II Samuel 12:10-11).
Dentre as muitas consequências, teve uma filha estuprada e deflorada pelo próprio irmão. Este, por sua vez, foi morto por ordem de um outro filho de Davi. Davi enfrentou uma rebelião liderada por Absalão, seu filho, tendo depois que chorar sua morte. A vida familiar de Davi foi tumultuada. Mesmo no leito de morte viu outro de seus filhos, Adonias, se levantar contra ele.
A verdade bíblica é que, o Senhor Jesus Cristo através do sacrifício expiatório da cruz nos livra do poder e da culpa do pecado; porém, continuamos sujeitos as suas consequências.