Sim! Não só serão salvos no futuro, como também podem sê-lo no presente. Entretanto esta última situação tem sido mais difícil devido o endurecimento natural que existe por sua incredulidade. Devemos entender que Deus tem um relacionamento especial com este povo (assim como tem com a sua Igreja que é diferente de Israel), pois por Sua misericórdia o elegeu e separou dentre todos os povos para ser o Seu povo. Esta é a tônica do livro de Gênesis e a proposição da promessa abraâmica (Gn 12:1-3). A promessa de Deus à Abraão possui um aspecto territorial e étnico (nação – Gn 12:2) e foi estabelecida de forma incondicional e eterna (Gn 17:7-8), sendo confirmada aos seus herdeiros Isaque (Gn 26:3,4), Jacó (Gn 28:13,14) e ampliada à Davi (1º Sm 7:12-16). Portanto o Senhor tem um compromisso de fidelidade para com este povo. Contudo o povo rebelou-se contra o Senhor (cf. Jr 8:4-8) e foi, por isso, exilado. Mas, antes de cumprir o Seu juízo, o Senhor trouxe uma esperança sobre um “remanescente” (cf. Is 4:2-6; 6:13) e uma “nova aliança” (cf. Jr 31:33-34), na qual afirma: “todos me conhecerão”. De fato, o Messias, o Senhor Jesus Cristo, veio e os judeus não o reconheceram (cf. Jo 1:11). Paulo afirmou esta mesma verdade na sua epístola aos Romanos (cf. Rm 10:16-21). Em virtude da rejeição de Jesus como Messias, pensa-se que os judeus foram rejeitados, ou seja, perderam a oportunidade de serem salvos. Se esta for uma concepção correta, o que dizer das promessas de caráter eterno de que eles são povo e nação exclusiva de Deus? (Lembre-se de que Israel não é a mesma coisa que Igreja!). Paulo explica esta situação no capítulo onze de Romanos. Observe os seguintes versos: “Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu” (v. 2a); “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (v. 5). Paulo argumenta ainda que a rejeição deles pelo Messias trouxe-nos um grande benefício, visto que fomos alcançados pela graça, apesar desta verdade já estar incluído na promessa abraâmica. Observe o que diz o verso 11: “Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes”. Este endurecimento, ou seja a rejeição de Israel em reconhecer Jesus como Messias, não é final, mas até ao momento quando completar “a plenitude dos gentios” (cf. Rm 11:25). Neste momento, o Senhor retornará a sua lida com o Seu povo segundo a declaração do apóstolo (Rm 11:26-29): “E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados. Quanto ao evangelho, são eles inimigos por vossa causa; quanto, porém, à eleição, amados por causa dos patriarcas; porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”. Este é um assunto por demais extenso, mas espero ter sido claro e sintético na exposição.
Bom dia!
ResponderExcluirHá muito parei de querer explicar os atos que são atribuídos a Deus e porque ele os fez e mais ainda, querer entender o que Deus pensa e com isso tentar achar justificativas, não importa se são ilógicas com o próprio Deus ou não.
Vamos partir do que nos é ensinado na doutrina cristã: "Deus é amor" "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
Vamos a seu texto "por Sua misericórdia o elegeu e separou dentre todos os povos para ser o Seu povo". Você acha sinceramente que um Pai que é amor seleciona um povo e abandona por séculos os demais? E olha que ao longo da história do "povo escolhido" o que se vê é que ele só fez pisar na bola, além de ter sido Idólatra de forma velada culminou matando o próprio filho daquele que os escolheu. Paulo disse o que os gentios precisavam ouvir "serem salvos pela graça". Os judeus negam Cristo até hoje, não o aceitam como Messias nem como Filho de Deus, mas conforme você mesmo diz: "todo o Israel será salvo... porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”. Virou bagunça! Mesmo os que renegam o Salvador estão salvos, mas os gentios que não o aceitam não estão! Deus está parecendo o nosso Supremo Tribunal Federal, cada dia mais incoerente. Mas será Deus mesmo incoerente ou são as interpretações e os ensinamentos dos que escrevem sobre ele e julgam entender seu mode de pensar e agir?
O que mais nos aproxima de Deus e dos homens é a fraternidade e o respeito. Provavelmente muitos que hoje se dizem cristãos (mais ainda estão mais apegados à leitura do Antigo Testamento que aos Evangelhos, muitas vezes por conveniência de seus líderes religiosos)seriam mais duros com Jesus do que foram os saduceus e fariseus, basta ver com quem Jesus andava!
Grande abraço!